Geral “Éramos um barco sem vela, motor pifando e entrando água”, diz diretor do HRA, com respeito aos avanços que a unidade teve após a gestão do IMAS

“Éramos um barco sem vela, motor pifando e entrando água”, diz diretor do HRA, com respeito aos avanços que a unidade teve após a gestão do IMAS

14/04/2025 - 09h52

Em entrevista ao programa Dia a Dia, da Rádio Araranguá, o diretor do Hospital Regional de Araranguá (HRA) e da Policlínica, Kristian Souza, destacou os avanços significativos da unidade nos últimos anos, após a chegada do Instituto Maria Schimidt (IMAS), e comentou as expectativas em torno do novo edital que definirá a gestão do hospital.

“Éramos um barco sem vela, motor pifando e entrando água. Reformamos agora coisas que são vistas, mas já arrumamos muitas que não se vê”, afirmou Kristian. Segundo ele, o IMAS tem total interesse em continuar à frente da unidade, mesmo sem participar diretamente da elaboração do novo contrato.

Reformas e investimentos

Kristian ressaltou que a gestão atual segue investindo na estrutura e tecnologia do hospital, independente do futuro administrativo. “Dentre os avanços, estão: reforma do Pronto-Socorro, em fase de finalização, pintura externa e correção de infiltrações, troca do piso na UTI adulto, com grande impacto na qualidade do atendimento, aquisição de equipamentos de ponta, como tomógrafo, raio-x digital, monitores, ventiladores, aparelhos de anestesia e novos ultrassons. Estamos deixando a casa redondinha. Evoluímos muito. O Hospital Regional hoje é muito bem equipado com tecnologia de ponta”, destacou.

Videolaparoscopia e desafios

O diretor comentou também sobre o único equipamento que ainda não foi possível adquirir: a videolaparoscopia. Segundo ele, a tecnologia tem alto custo, e embora tenham buscado diversas alternativas, a aquisição ainda está pendente.

Cirurgias de urgência e preocupações com o edital

Kristian apontou que a maior demanda atual do HRA são as cirurgias de urgência, refletindo a importância da unidade para toda a região. Por isso, vê com preocupação alguns pontos do edital em discussão. “Realizamos 300 cirurgias por mês. Dessas, 200 são urgências e 100 eletivas. Não temos folga. A distribuição de leitos e a regulação do edital precisam de ajustes. Tenho dúvidas se será possível atender tudo com o que está sendo proposto”.

Esperança de continuidade

Por fim, o diretor demonstrou confiança de que os avanços recentes serão mantidos, independente da nova gestão que será definida. “Estamos no caminho certo. Espero que quem for administrar a unidade siga com os avanços realizados. O hospital é do povo. Acredito que o governo vai entender os pontos levantados e vai fazer os ajustes necessários no edital. Não se pode errar, pois quem assumir estará à frente pelos próximos cinco anos”, concluiu.