Geral Paulo César Carpegiani, uma lenda vida do futebol brasileiro, relembrou sua história no programa As Esportivas

Paulo César Carpegiani, uma lenda vida do futebol brasileiro, relembrou sua história no programa As Esportivas

17/10/2023 - 17h36

Inicialmente um meia armador, consagrou-se como um segundo volante que saía para o jogo. Possuía dribles curtos e objetivos, bom poder de marcação e, principalmente, um passe longo de altíssima precisão. Esse é Paulo César Carpegiani, multicampeão como jogador e um ex-treinador que acumulou conquistas em sua carreira no futebol. 

Como jogador, atuou por Internacional e Flamengo, além da Seleção Brasileira. Como treinador, destacou-se ao comandar o Flamengo na série multicampeã de 1981 e 1982 e, mais tarde na Seleção Paraguaia, durante a Copa do Mundo FIFA de 1998.

Em 1981, aposentado como atleta, começou a carreira de técnico. Onde comandou clubes e seleções, como: Flamengo, Seleção Paraguaia, São Paulo, Atlético Paranaense, Cruzeiro, Seleção do Kuwait, Corinthians, Vitória, Ponte Preta, Coritiba e Bahia.

Em entrevista à Rádio Araranguá, no programa As Esportivas, apresentado por Jairo Silva e Dejair Inácio, Paulo César Carpegiani relembrou histórias marcantes de sua trajetória. “Eu morava em Erechim, no Rio Grande do Sul e teria que prestar o vestibular em Porto Alegre. Na época, recebi um convite através de um amigo que jogava no Atlântico Erechim, em 1966. Com o passar do tempo resolvi aceitar o convite e me apresentar no Internacional. Realizei alguns treinamentos e assinei a ficha. No final de 1968 me apresentei ao clube. Na época recebi o interesse do Grêmio, o que devido um problema no carro, não aconteceu. Me recordo que naquele tempo, o elenco do tricolor era um timaço, e talvez eu não tivesse tido a oportunidade que tive no Inter”.

Carpegiani fez parte de um ciclo vitorioso, quando esteve no Internacional participou de sete dos oito títulos do Campeonato Gaúcho que o Inter faturou de 1969 a 1976. Além disso, foi bicampeão brasileiro nos anos de 1975 e 1976. Uma de suas melhores partidas pelo Internacional foi a vitória por 2 a 0, em pleno Maracanã, pelas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1975, sobre o Fluminense, que até então era conhecido como “A Máquina Tricolor”. “Foi um gol muito importante, o que decretou nossa vitória. Quando eu entrei na área, e o passe veio, senti que o adversário estava atrás de mim, de relance, dei uma meia lua nele e peguei a bola do outro lado, com a saída do goleiro, chutei rasteira a bola para fazer o gol, porém como o campo tinha algum buraco, a bola subiu e foi no alto. Mas a intensão foi chutar rasteira”.

No dia 7 de março de 1977, foi anunciada a venda de Paulo César por 5,7 milhões de cruzeiros para o Flamengo, ficando ao lado de Júnior, Zico, Adílio e Andrade, conquistando o Campeonato Carioca de 1978, o primeiro campeonato do Estado do Rio de Janeiro (chamado Campeonato Carioca Especial de 1979), o Campeonato Carioca Regular de 1979 e o Campeonato Brasileiro de 1980.  

Devido um problema no joelho, Carpegiani precisou encerrar sua carreira como jogador precocemente. “O treinador do Flamengo na época, era o Dino Sani, que me fez a pergunta se eu gostaria de ingressar na carreira de treinador. Eu já havia recebido uma proposta para treinar um time árabe. Com isso, aceitei a proposta do Dino, e fui ser auxiliar dele. Mais tarde, ele saiu e eu assumi o Flamengo”.

Atualmente o ex-treinador segue com suas atividades paralisadas. “Para trabalhar com o futebol, precisamos estar bem ativos. Como eu tive problema no joelho, optei por minha própria vontade, recusar convites para dirigir clubes. Sou muito perfeccionista, a partir do momento que eu não consigo entregar meu melhor para os jogadores, resolvi dar uma parada”.

Confira a entrevista completa na íntegra: