
Paulo César Carpegiani, uma lenda vida do futebol brasileiro, relembrou sua história no programa As Esportivas
Inicialmente um meia armador, consagrou-se como um segundo volante que saía para o jogo. Possuía dribles curtos e objetivos, bom poder de marcação e, principalmente, um passe longo de altíssima precisão. Esse é Paulo César Carpegiani, multicampeão como jogador e um ex-treinador que acumulou conquistas em sua carreira no futebol.
Como jogador, atuou por Internacional e Flamengo, além da Seleção Brasileira. Como treinador, destacou-se ao comandar o Flamengo na série multicampeã de 1981 e 1982 e, mais tarde na Seleção Paraguaia, durante a Copa do Mundo FIFA de 1998.
Em 1981, aposentado como atleta, começou a carreira de técnico. Onde comandou clubes e seleções, como: Flamengo, Seleção Paraguaia, São Paulo, Atlético Paranaense, Cruzeiro, Seleção do Kuwait, Corinthians, Vitória, Ponte Preta, Coritiba e Bahia.
Em entrevista à Rádio Araranguá, no programa As Esportivas, apresentado por Jairo Silva e Dejair Inácio, Paulo César Carpegiani relembrou histórias marcantes de sua trajetória. “Eu morava em Erechim, no Rio Grande do Sul e teria que prestar o vestibular em Porto Alegre. Na época, recebi um convite através de um amigo que jogava no Atlântico Erechim, em 1966. Com o passar do tempo resolvi aceitar o convite e me apresentar no Internacional. Realizei alguns treinamentos e assinei a ficha. No final de 1968 me apresentei ao clube. Na época recebi o interesse do Grêmio, o que devido um problema no carro, não aconteceu. Me recordo que naquele tempo, o elenco do tricolor era um timaço, e talvez eu não tivesse tido a oportunidade que tive no Inter”.
Carpegiani fez parte de um ciclo vitorioso, quando esteve no Internacional participou de sete dos oito títulos do Campeonato Gaúcho que o Inter faturou de 1969 a 1976. Além disso, foi bicampeão brasileiro nos anos de 1975 e 1976. Uma de suas melhores partidas pelo Internacional foi a vitória por 2 a 0, em pleno Maracanã, pelas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1975, sobre o Fluminense, que até então era conhecido como “A Máquina Tricolor”. “Foi um gol muito importante, o que decretou nossa vitória. Quando eu entrei na área, e o passe veio, senti que o adversário estava atrás de mim, de relance, dei uma meia lua nele e peguei a bola do outro lado, com a saída do goleiro, chutei rasteira a bola para fazer o gol, porém como o campo tinha algum buraco, a bola subiu e foi no alto. Mas a intensão foi chutar rasteira”.
No dia 7 de março de 1977, foi anunciada a venda de Paulo César por 5,7 milhões de cruzeiros para o Flamengo, ficando ao lado de Júnior, Zico, Adílio e Andrade, conquistando o Campeonato Carioca de 1978, o primeiro campeonato do Estado do Rio de Janeiro (chamado Campeonato Carioca Especial de 1979), o Campeonato Carioca Regular de 1979 e o Campeonato Brasileiro de 1980.
Devido um problema no joelho, Carpegiani precisou encerrar sua carreira como jogador precocemente. “O treinador do Flamengo na época, era o Dino Sani, que me fez a pergunta se eu gostaria de ingressar na carreira de treinador. Eu já havia recebido uma proposta para treinar um time árabe. Com isso, aceitei a proposta do Dino, e fui ser auxiliar dele. Mais tarde, ele saiu e eu assumi o Flamengo”.
Atualmente o ex-treinador segue com suas atividades paralisadas. “Para trabalhar com o futebol, precisamos estar bem ativos. Como eu tive problema no joelho, optei por minha própria vontade, recusar convites para dirigir clubes. Sou muito perfeccionista, a partir do momento que eu não consigo entregar meu melhor para os jogadores, resolvi dar uma parada”.
Confira a entrevista completa na íntegra: