
Prefeitura de Passo de Torres e INPH discutem estratégias para ampliação do Molhe Norte do Rio Mampituba
Na década de 1970, foram construídos os molhes Norte da barra do Rio Mampituba, no município de Passo de Torres, na divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Essa estrutura, é fundamental para viabilizar a navegação de pequenas e médias embarcações entre o rio e o Oceano Atlântico.
A atividade pesqueira depende inteiramente dessa construção. Hoje, devido ao constante assoreamento constante da barra, as empresas que praticam a pesca, descarregam suas embarcações em Laguna, onde o imposto é arrecadado. A intenção da Administração Municipal é fazer com que o pescado capturado no litoral local seja ali mesmo, em Passo de Torres, armazenado e posteriormente transportado via terrestre.
Outro setor beneficiado com a ligação entre o mar e o rio devidamente desobstruída é o turismo que, através de lanchas, motos aquáticas, e barcos, mostra para os visitantes as belezas do litoral, incluindo a Ilha dos Lobos, até o ponto mais distante navegável do Mampituba.
Observando essa situação, uma reunião realizada no dia 07 de agosto entre a Administração Municipal de Passo de Torres e o coordenador do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), Domenico Acetta, discutiu a ampliação do molhe Norte, que pertence ao município de Passo de Torres. A obra tem como objetivo facilitar a entrada e saída de barcos na região, que enfrenta um grave problema de assoreamento.
Segundo os pescadores, o banco de areia que se forma na saída do canal dificulta a navegação e provoca acidentes, alguns com vítimas fatais. Além disso, muitas vezes os barcos voltam da pescaria com carga pesada e não conseguem descarregar no porto local, tendo que se deslocar para outros portos mais distantes, como o de Laguna, também em Santa Catarina. Isso prejudica a economia e a arrecadação de impostos do município.
O anteprojeto da ampliação do molhe sul será apresentado em 45 dias. O prefeito de Passo de Torres, Valmir Rodrigues, afirmou que está empenhado em viabilizar a obra, que considera fundamental para o desenvolvimento e a segurança da atividade pesqueira na região.
O coordenador do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), Domenico Acetta, visitou o molhe municipal acompanhado do prefeito Valmir Rodrigues, secretários municipais e representantes dos pescadores. Juntos, eles avaliaram a situação e deliberaram sobre as medidas essenciais para garantir a execução do projeto.
“Esta ampliação é um passo crucial para o fortalecimento de nossa comunidade pesqueira, garantindo que nossos pescadores possam exercer suas atividades com segurança e eficiência. Nosso compromisso é com o avanço sustentável do setor pesqueiro e a contínua melhoria da qualidade de vida em nosso município”, disse o prefeito Valmir Rodrigues.
Segundo o Secretário de Meio Ambiente e Planejamento, Roger Maciel, o ideal é expandir em mais 140 metros mar adentro a estrutura do lado de Santa Catarina, na mesma altura dos molhes Sul, em Torres, território gaúcho, disse ele em entrevista ontem a Rádio Araranguá.