Presidente do SINDISAÚDE crítica proposta patronal e cobra solução para pagamento do piso da categoria

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SINDISAÚDE), Cléber Candido, expressou preocupação com a proposta apresentada aos trabalhadores na negociação do acordo coletivo de trabalho. Em entrevista ao programa Dia a Dia da Rádio Araranguá, apresentado por Saulo Machado, Candido afirmou que a proposta patronal não atende às necessidades da categoria e retira direitos historicamente conquistados.

Segundo o sindicalista, um dos pontos mais preocupantes da proposta é a tentativa de retirar da convenção coletiva a cláusula que regulamenta a insalubridade em diferentes setores da saúde. “Nos surpreendemos com a proposta de retirar a insalubridade da convenção. Hoje, há uma regra que define quais setores têm esse direito. Eles querem mudar isso e deixar apenas sob análise de elogios feitos por eles mesmos, o que pode ser manipulado para evitar o pagamento aos trabalhadores”, alertou.

Candido também destacou que a cláusula em questão está em vigor há 30 anos e que o sindicato não aceitará sua retirada. “Além de não aceitarem nenhuma reivindicação dos trabalhadores, querem retirar direitos já garantidos. É importante ressaltar que esta proposta não é a mesma do Instituto Maria Schmitt (IMAS). Não vamos abrir mão desse direito”, enfatizou.

Outro impasse abordado pelo presidente do SINDISAÚDE diz respeito ao pagamento do piso da categoria. Ele cobrou uma solução urgente e afirmou que, se o problema persistir, haverá paralisação. “Ainda não resolveram a questão salarial. Esperamos que seja pago agora em março. Ou o salário cai no quinto dia útil, ou o trabalho para. O trabalhador precisa receber da empresa e a responsabilidade é dela”, concluiu.