
Vereador de Araranguá apresenta projeto que autorizando o executivo a celebrar convênio com a rede particular para atender pessoas hipossuficientes
Na última sessão da Câmara de Vereadores de Araranguá, o vereador Jair Anastácio (PT), apresentou ao legislativo, um projeto de lei, que autoriza o município a celebrar convênio para meia-consultas a pessoas hipossuficientes (que não possui recursos para se sustentar).
Em entrevista à Rádio Araranguá, o vereador Jair Anastácio (PT), falou sobre o projeto. “Nesse mandato temos focado bastante na área da saúde. Percebemos que por mais que haja investimento público no SUS, a demanda é sempre maior. Com isso, tudo que pudermos fazer para melhorar o acesso da população ao SUS, sobretudo de pessoas que de fato necessitam do órgão, estamos fazendo. Essa é uma ideia que a gente traz que já funciona em alguns municípios”.
O vereador explica como funciona o projeto e os benefícios que trará tanto para o cidadão, quanto para a saúde pública. “Esse projeto autoriza o município a realizar convênios com clinicas privadas, oferecendo ao cidadão, a possibilidade de pagar meia consulta. Sabemos que infelizmente sempre há um tempo que precisa ser esperado para conseguir uma consulta. Em muitos casos, é algo urgente, que o paciente precisa da resposta mais rápida. Em algumas situações, o usuário do SUS tem condições de pagar a metade da consulta. Essa ação beneficiaria o usuário e também ajudaria a desafogar a fila do SUS, tornando mais rápido a fila para aqueles que não possuem condições de pagar nem a metade da consulta”.
O parlamentar ainda ressalta. “Não podemos ver isso pelo lado do furar fila. É preciso compreender que o cidadão quando está enfrentando um problema de saúde, quer uma resposta imediata, o SUS não consegue oferecer essa resposta, infelizmente. O SUS nunca vai dar conta da demanda. As pessoas que possuem um poder aquisitivo menor, precisam ter esse acesso mais facilitado, seja no órgão, ou seja no setor privado. A proposta visa auxiliar as pessoas que podem usar a rede privada para acelerar o processo. Essa ação vai desafogar a fila, que hoje, é intensa no SUS. Já o cidadão que realmente é mais empobrecido, terá seu acesso abreviado na fila. Não vejo algo negativo nisso, pelo contrário, vejo como algo positivo. O projeto está relacionado apenas a consultas, mas a lei pode ser regulamentada pelo executivo, que poderá incluir outros serviços”.