
Como melhorar a sua inteligência emocional
Na semana passada falamos aqui das principais soft skills a desenvolver para a formação profissional completa no ano de 2023. De todas as citadas, a inteligência emocional de longe parece ser a mais importante não apenas para a vida profissional, mas também para a preservação da saúde metal e para uma vida pessoal plena.
Entretanto, este é um conceito tão importante quanto vago, virtual.
Para compreender um pouco do que é a inteligência emocional, recorremos ao psicólogo e jornalista científico Daniel Goleman, autor do livro “Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”.
Para ele, cinco pilares são determinantes para se ter êxito nos relacionamentos e no trabalho, com consequências inclusive em nosso bem-estar físico.
Inicialmente, conhecer as próprias emoções. Ter-se a clareza sobre o que você está sentindo, e se aquele sentimento não seria apenas o sintoma de outro mais profundo. Saber a origem das nossas emoções, as causas e suas características, para que, com consciência delas, possamos melhor gerenciá-las.
O segundo pilar é o de controlar as emoções. Depois que você conhece o que está sentindo, sabe as suas origens, é preciso diferenciar claramente o que é a mera percepção sua daquilo que é visto pelo outro. Com frequência nos confundimos e projetamos os nossos julgamentos, que em geral são sempre mais rígidos e rigorosos, ao que o outro eventualmente poderia estar pensando. Assim, ao diferenciar as duas coisas, podemos nos aproximar mais do que seria o controle ideal das nossas emoções.
Em terceiro está a automotivação. É preciso compreender que nenhum erro ou defeito é definitivo, que podemos mudar sempre e evoluir pessoal e profissionalmente. Assim, a motivação de que tanto precisamos está dentro de nós, e não no outro, em algo externo. Quando entendemos isto, deixamos de nos vitimizar e compreendemos que somos os únicos protagonistas de nossa própria vida, de nosso próprio sucesso.
O quarto pilar é a empatia. Não há como viver em sociedade, conviver com outros indivíduos adequadamente sem uma perfeita capacidade de colocar-se no lugar do outro. Ter empatia, portanto, é a habilidade de olhar a vida, as circunstâncias a partir do olhar do outro, compreendendo como o mundo se parece para ele. Ao fazer isto, estamos dando sinais de que estamos preparados para colaborar com o outro, sem julgamentos, assim como gostaríamos de receber a mesma colaboração.
Por fim, relacionar-se interpessoalmente. Este pilar diz respeito à consciência de que precisaremos sempre do outro porque somos seres sociais. Nascemos para viver em comunidade. Então, procure sempre dar o seu melhor para que esta vivência seja plena e feliz, de modo que a experiência do outro ao conviver com você seja a melhor possível. Ao refletirmos sobre estes pilares, conseguimos entender melhor o que é esta tão famosa, e ao mesmo tempo tão complexa, inteligência emocional, sem a qual nossa sobrevivência no mundo moderno fica quase insustentável.
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