
Executivo de Maracajá precisa de mais servidores para atender a demanda, mas legislativo rejeita os projetos
Em Maracajá, três projetos que visavam o aumento no número de servidores públicos foram reprovados na Câmara de Vereadores. A adição desses profissionais seria destinada a reforçar as áreas da Educação, Saúde e Agricultura. De acordo com o prefeito Anibal Brambila, o caso não sendo resolvido, será levado ao Ministério Público, para buscar uma solução.
Em entrevista à Rádio Araranguá, no programa Estúdio 95, apresentado por Lucas Casagrande, o prefeito de Maracajá, Anibal Brambila, a secretária de Saúde, Michele Gonçalvez, o secretário de Educação, Daniel de Souza e a coordenadora da Educação, Cleiane Pereira, falaram sobre a reprovação de três projetos que aumentariam o número de servidores.
“Essas vagas foram criadas para realizarmos o concurso público e também o seletivo. Para não haver aquelas trocas em todo o momento. Queremos colocar gente especializada no setor correto. Os últimos cargos criados foram em 2014, porém hoje em dia, em nossas escolas giram aproximadamente 1.400 alunos. Nosso município cresceu muito nos últimos anos. Com isso, a carga horária desses profissionais que integram a Educação, vem sendo bem carregada. Em todos os setores é preciso criar vagas. Quando contratamos uma pessoa por chamada pública, o legislativo reclama, porque é público. No ano que vem, vamos precisar realizar esse aumento, e buscaremos uma lei superior para isso. Infelizmente, existe alguns vereadores que não querem colaborar com o município”, disse Brambila.
A secretaria de Saúde explica as necessidades da pasta. “Necessitamos de uma vaga para auxiliar de farmácia. Hoje, nós temos duas vagas, onde dois profissionais trabalham, porém, um desses, se encontra afastado por laudo médico. A cada 20 dias coloca um atestado. Com isso, não tem como eu contratar um novo funcionário. Estamos tocando a farmácia com apenas uma profissional. Realizamos a distribuição de 7 mil comprimidos por mês, e fazer isso sozinha é muito difícil, ela está ficando doente já. Acompanho o movimento e vejo a necessidade”.
Já para o projeto direcionado à Educação, o secretário Daniel de Souza explica. “Desde 2021 pedimos para a administração o aumento do número de vagas de alguns cargos. Houve um aumento de 253 alunos e precisamos desses profissionais, como monitor, zelador, técnico pedagógico, servente de escola e auxiliar educacional, são vagas extremamente necessárias, porque vem aumentando o número de estudantes. A gente precisa de pessoas para trabalhar, isso é fato, queremos essas crianças tenham um ensino de qualidade, só isso que pedimos. Temos escola com quase 700 alunos, onde só existem duas pessoas para realizar a limpeza; a conta não fecha. Precisamos de mais de 31 vagas para a educação”.
A coordenadora da Educação, Cleiane Pereira, ressalta que não há como trabalhar sem a quantidade necessária de profissionais. “Nossa angustia maior é referente a qualidade da educação. Estamos aqui para trabalhar, mas como se trabalha se não temos a mão de obra suficiente? Como vamos capacitar as pessoas, se a partir do momento que temos um concurso público para realizar essa especialização, não temos as pessoas. Nesse momento, estamos tocando com estagiários”.
O prefeito ressalta que o problema vem se agravando e uma medida precisa ser tomada. “Dentro de todas essas vagas que existem, nós temos o dinheiro para pagar esses profissionais. Não adianta supercarregar um profissional que amanhã depois vai dar problema. Colocamos nas mãos dos vereadores, eles votaram contra. No ano que vem, vamos tocar assim, não tendo como tocar, vou levar para o Ministério Público, e ele (MP) que resolva. Nossa parte estamos fazendo. Essas vagas são para concurso público ou seletivo, para o próximo ano, não são para agora. Só o caso da Saúde que é imediato, o restante é para 2024. O que está acontecendo é política, esses vereadores sabem das suas responsabilidades. Nós vamos encontrar uma saída. O processo de concurso e seletivo, serão realizados para o próximo ano”.