IMA concede licença ambiental para construção de ETA na Lagoa do Caverá

O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), concedeu ao Samae, a licença ambiental para a construção de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), na Lagoa do Caverá, em Araranguá. De acordo com o diretor da autarquia, Jairo Costa, a nova unidade deve trazer inúmeros benefícios à população.

Para falar mais sobre o assunto, Jairo Costa e o biólogo da Fama, João Rosado, concederam à Rádio Araranguá, uma entrevista no programa Dia a Dia, apresentado por Saulo Machado.

Como a Lagoa abrange outras cidades, não era competência do município de Araranguá o licenciamento, por isso a autorização veio do IMA. “É de extrema importância essa iniciativa do Jairo, de estar implementando uma ETA na Lagoa do Caverá. A Lagoa está sendo licenciada pelo IMA, porque é uma lagoa que abrange quatro municípios, como Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota e Sombrio. Com isso, o município de Araranguá não pode estar realizando esse licenciamento, pois a atividade estará sendo realizada em um corpo hídrico que abrange outros municípios”, explicou o biólogo.

Benefícios

De acordo com o diretor do Samae, serão inúmeros os benefícios que a nova unidade de tratamento trará para a região. “Entendemos que o tratamento dessa Lagoa será mais barato, porque possui uma quantidade menor de bactérias, sendo mais fácil de tratar. É uma água mais limpa. Talvez economizaremos mais energia, porque vamos abastecer toda a região da Sanga Toca e Sanga da Areia, vindo em direção ao Centro, com um volume de água por gravidade, onde as bombas funcionarão menos. Com isso, vamos poder realizar manutenções no açude Belinzoni, parar uma estação por dois dias, realizar uma limpeza, ou troca de equipamento. Tudo isso, graças a possibilidade de termos outra rede de tratamento, onde será interligada. Vamos dar sequência nessa implantação para quem sabe estar com ela funcionando já no ano que vem”.

Investimento

Sobre o alto investimento para implantar a nova estação de tratamento, o diretor do Samae ressalta. “Sabemos de todas as dificuldades financeiras, porque é um projeto caro. A partir de agora, serão licitados a estação, toda a parte física, cercamento, pátio, captação de água da Lagoa e a rede. Para se ter ideia, um metro desse cano central da rede principal, custa R$ 600. Acredito que seja aproximadamente seis mil metros. Mas com certeza não vai dar de licitar tudo neste ano”.

Cuidando do meio ambiente

Além de beneficiar toda a população com o abastecimento de água, com a presença do Samae, os cuidados em torno da Lagoa serão mais recorrentes. “É muito importante essa chegada do Samae na Lagoa, porque assim, vamos conseguir obter alguns recursos para projetos de recuperação da Lagoa, de desassoreamento, vamos poder promover estruturas para manter os níveis do espelho de água da lagoa. Ainda não sabemos o principal fator que está causando esse assoreamento. Tudo isso é um estudo mais complexo”, relatou João Rosado.