
Polícia Civil investiga esquema de venda de medicamentos sem receita em Araranguá
A venda de medicamentos controlados, sem a correta receita médica, é proibida e considerada crime. Em Araranguá, a Polícia Civil, através da DIC, recebeu uma informação da Vigilância Sanitária de um esquema de venda desses produtos sem a apresentação da receita. Conforme as investigações preliminares da polícia, as farmácias tinham um espécie de estoque de receitas em branco para dar ares de legalidade à venda sem a prescrição. Duas farmácias, duas clínicas e uma residência foram alvo de buscas na tarde desta segunda-feira, 13.
Em entrevista exclusiva à Rádio Araranguá, a delegada Juliana Oss, coordenadora da DIC, explicou como funcionava o esquema, de acordo com as investigações. “Essa operação foi em conjunto com a Vigilância Sanitária. Existe uma investigação em andamento, com informações de que receituários estariam sendo emitidos apenas com a assinatura do médico, então o médico repassaria os receituários para a farmácia e a farmácia venderia os medicamentos controlados sem a receita, cobrariam um valor a mais e venderiam para a pessoa sem a receita médica”, explicou a delegada.
Ainda de acordo com a delegada, essas receitas serviriam para a farmácia dar baixa nos estoques de medicamentos. “Usavam essa receita médica para validar no sistema da farmácia, como se tivesse sido apresentada pelo comprador. Então a operação teve como objetivo a busca em duas clínicas e duas farmácias e em uma residência para angariar mais informações”, completou a delegada.
As investigações seguem acontecendo, especialmente com as informações que serão obtidas com a documentação que foi apreendida.