
Psicóloga afirma que é preciso monitorar uso da internet por crianças e adolescentes
A rede social é um espaço onde crianças e adolescentes buscam a sua aprovação social, ou seja, serem aceitos nos grupos. A conclusão é da psicóloga Fabiana Pereira, que analisou a realização de alguns desafios na internet, entre eles, o do aerossol que já levou à morte duas crianças no Brasil. Para Fabiana, é preciso monitorar o que crianças e adolescentes estão fazendo na internet, para evitar que o pior aconteça.
“A gente tem verificado muito essa história de dizer assim: vou respeitar a privacidade do meu filho. Mas a gente precisa alertar os pais que há um limite nessa questão da privacidade”, disse a psicóloga em entrevista a Saulo Machado, na Rádio Araranguá. Ela ainda pontuou que dentro do quarto, com celular ou computador, as influências podem ser positivas ou negativas. “A gente tem visto muita vezes influências do mundo inteiro e de todos os jeitos que estão ali dentro do computador e do celular e o acesso aberto. Então precisamos sentar e conversar e alertar os nossos filhos que estarmos atentos ao que eles estão vendo”, afirmou.
Segundo Fabiana, crianças e pré-adolescentes buscam através da internet a aceitação dentro de um grupo, por isso percebe-se comportamentos serem realizados por influenciadores e repetidos pelos jovens, “A gente precisa alertar os pais, especialmente de crianças e pré-adolescentes, que existem dois sentimentos que permeiam todos nós, mas especialmente nessa faixa etária, que são amar e pertencer. E esse sentimento às vezes de amar e pertencer não é conversado em casa, eles vão na onda do que tiver, para serem aceitos pelo grupo. Por isso que lá na adolescência a gente vê todo mundo com o mesmo tênis ou com o mesmo penteado, pra ser aceito pelo grupo”, alertou.
Deixar as crianças sozinhas com o celular o dia todo tem sido um comportamento comum, segundo apontou a psicóloga. Porém, ao mesmo tempo ele é muito perigoso e prejudicial à saúde mental das crianças. “Os celulares se tornaram babás eletrônicas. Tá tudo sendo terceirizado, e terceirizar a educação é muito perigoso. Então a gente vê o nível de stress das crianças, como elas mexem os dedos e como passam tudo muito rápido. A informação é muito rápida. Por isso que eles têm dificuldade de ficar 4 horas dentro de uma sala de aula”, disse Fabiana.