Política Senador Jorge Seif critica relatoria da Anistia, aponta perseguição política e comenta próximos passos da direita

Senador Jorge Seif critica relatoria da Anistia, aponta perseguição política e comenta próximos passos da direita

22/09/2025 - 12h51

Em entrevista ao apresentador Saulo Machado, da Rádio Araranguá, o senador Jorge Seif (PL) comentou sobre os últimos acontecimentos políticos em Brasília, abordando temas como a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, a condução do processo pela Câmara dos Deputados, além de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao governo federal e às medidas em discussão no Congresso. O parlamentar também falou sobre a PEC da Prerrogativa, investigações envolvendo o INSS e a repercussão da atuação de Donald Trump no Brasil.

Anistia e os atos de 8 de janeiro

Segundo Seif, a direita e os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro estariam sendo alvo de perseguição política. Ele comparou o atual debate com a anistia concedida no período militar. “Se olharmos para trás, vamos ver o que de fato foi a Anistia e o que eram verdadeiros criminosos. Pessoas que pegavam em armas, realizavam sequestros e matavam. No governo militar houve uma anistia ampla e restrita, que limpou o passado de muitos que até hoje estão na vida pública. O STF, aliado ao governo federal, quer criminalizar a direita e os apoiadores de Bolsonaro, que naquele 8 de janeiro infelizmente se exaltaram e depredaram o patrimônio público”, disse.

Apesar da aprovação do regime de urgência para análise da proposta, Seif criticou a escolha do relator. “Infelizmente o presidente da Câmara, Hugo Motta, escolheu muito mal o Paulinho da Força, um cara historicamente ligado à esquerda e ao Lula. Não temos boas expectativas. Esse negócio de dosimetria não resolve, precisamos subir o tom. Assassinos e corruptos são soltos todos os dias e uma mulher que escreveu em uma estátua ‘perdeu mané’ foi presa. Não podemos aceitar nada que seja diferente de uma anistia ampla, geral e restrita”.

O senador destacou que muitos dos réus enfrentam problemas de saúde e que as penas seriam desproporcionais. “A anistia é a única coisa que vai salvar essas pessoas. Como que 17 anos é justo para alguém que apenas escreveu em uma estátua? Está errado isso”.

Críticas a artistas e manifestações

Seif também criticou artistas e eventos financiados por recursos públicos. “Anistiados lá atrás cantam hoje contra a anistia. Pessoas hipócritas, artistas pagos com o nosso dinheiro. A esquerda faz shows com figurões bancados por eles. Manifestação não envolve show nem dinheiro”.

Fraudes no INSS

Outro ponto levantado pelo senador foi a aprovação de uma medida para proibir descontos automáticos em benefícios do INSS, visando evitar fraudes. “Estamos aprovando no Congresso uma medida que proíbe fazer qualquer desconto diretamente no INSS. Sabemos que tem gente grande por trás disso. O Senado colocou sigilo de 100 anos sobre as imagens do careca do INSS. Um absurdo. Parece que estão querendo acobertar malfeitores. Estou entrando com uma petição junto ao ministro André Mendonça. É uma quadrilha gigante, com pessoas enormes metidas nisso. Uma verdadeira covardia”.

PEC da Prerrogativa

Seif defendeu a PEC da Prerrogativa, que, segundo ele, reforça o artigo 53 da Constituição, garantindo a imunidade parlamentar. “Hoje 61% dos processos correm contra parlamentares, e desses, 75% contra parlamentares da direita por falas. Pessoas perseguidas por criticarem o Supremo. Mais de 40 políticos foram absolvidos pelo STF na Lava Jato, Mensalão e Petrolão e nenhum está preso. Todos são amigos. A esquerda já está blindada, enquanto nós somos alvos de perseguição”.

Trump no Brasil

O senador também comentou sobre a postura do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente criticou ministros do STF. “Ele está fazendo sanções que demonstram ao mundo quem é Alexandre de Moraes, um juiz fake. Esse cara é um criminoso, não juiz, não pode estar na Suprema Corte. O Trump ajuda, mas não acredito que ele vá resolver algo. Está apenas expondo quem é quem. A única forma de resolver será no ano que vem, na urna. Precisamos de pessoas corretas que lutem de fato pelo povo”.