
Setembro Dourado: mês de conscientização e combate ao câncer infantojuvenil traz alerta aos pais
Entre as campanhas de conscientização que ganham visibilidade neste mês de setembro, está o “Setembro Dourado”. A iniciativa que tem como objetivo, orientar sobre o câncer infantojuvenil, com disseminação de informações sobre os tipos, sinais, sintomas, prevenção e tratamento dessa doença que acomete crianças e adolescentes em todo o mundo.
Para falar mais sobre o tema, a Rádio Araranguá entrevistou a doutora, Lisienny Rempel, pesquisadora na área e coordenadora do Programa Diagnóstico Precoce e o colaborador do Programa, Schneider Neves, no programa Estúdio 95, apresentado por Juliana Oliveira.
“É muito importante ressaltar que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. As estáticas são alarmantes. Quando a doença está na fase inicial, a chance de cura varia em 80%, porém, quando está em fase avançada, cai para 30%. A cada 10 crianças diagnosticadas tardiamente, apenas 3 conseguem se salvar. Trabalhamos forte na conscientização, para que as pessoas consigam salvar o maior número de crianças é necessário que as pessoas saibam quais são os sinais e procurem o médico. Estamos com o projeto ‘Capacitar para salvar’, com o objetivo de capacitar os profissionais da área da saúde, educação e assistência social. Sabemos que esses, são os que lidam mais diretamente com as crianças e adolescentes”, ressaltou Lisienny.
Existem inúmeros tipos de câncer que podem acometer crianças e adolescentes. Entre eles, os mais frequentes na infância e adolescência são:
– Leucemias (que afetam os glóbulos brancos)
– Tumores que atingem o sistema nervoso central
– Linfomas (sistema linfático)
– Neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal)
– Tumor de Wilms (tipo de tumor renal)
– Retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho)
– Tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos)
– Osteossarcoma (tumor ósseo)
– Sarcomas (tumores de partes moles)
O colaborador Schneider, ressalta que assim que for notado alguns sintomas, os pais ou responsáveis pela criança, devem imediatamente se deslocar a unidade de saúde. “Esse responsável precisa ir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com urgência. Chegando no local, vai relatar os sintomas encontrados e com isso, o profissional vai avaliar com alguns exames. A partir do momento que o diagnóstico apresente alguma doença, a criança será encaminhada a outro profissional especializado”.
Os sintomas podem variar dependendo do tipo de câncer, mas é importante estar atento a sinais como:
– Palidez
– Febre inexplicável
– Dor em membro ou dor óssea
– Inchaço sem trauma ou sinais de infecção
– Alterações oculares
– Perda de peso repentina
– Caroços ou inchaços
– Tontura
– Perda de equilíbrio ou coordenação
– Mudanças no comportamento ou no desempenho escolar
A doutora ressalta que o baque de receber a notícia que está com câncer é extremamente forte, mas quando diagnosticado brevemente, a chance de vencê-lo, é grande. “É duro, porque quando você recebe o diagnóstico de câncer, você logo pensa, vou morrer. Infelizmente o câncer ainda é um sinônimo de morte na cabeça das pessoas, mas quando o diagnóstico é breve, está em um grau inicial, as chances são muito maiores. A grande maioria deles, a gente consegue lutar e as chances são boas”.
Tratamento
Segundo o Inca, as causas de câncer pediátrico são desconhecidas. Entretanto, um pequeno número de casos em crianças e adolescentes (cerca de 10%), se devem a anormalidades genéticas ou hereditárias.
Embora nem todos os casos de câncer infantojuvenil possam ser prevenidos, é importante adotar um estilo de vida saudável para ajudar a reduzir o risco. Isso inclui uma dieta balanceada, atividade física regular, vacinações adequadas e medidas para evitar exposição a substâncias nocivas.
O tratamento do câncer envolve uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde que trabalham em conjunto para oferecer o melhor cuidado possível. Isso pode incluir quimioterapia, radioterapia, cirurgia e terapias direcionadas.
Confira a entrevsita na íntegra: