Economia Cobrança de ICMS: arroz catarinense pode ficar mais caro, mas indústria tenta impedir

Cobrança de ICMS: arroz catarinense pode ficar mais caro, mas indústria tenta impedir

18/01/2023 - 15h28

Um dos principais produtos da cesta básica é o arroz e o Estado é referência nacional quando o assunto é produção. Mas o que realmente está preocupando o setor é que o produto poderá sofrer taxação e chegar mais caro à mesa do consumidor.

O problema vem sendo acompanhado de perto pelo presidente do Sindicato da Indústria do Arroz no Estado de Santa Catarina (SindArroz-SC), Walmir Rampinelli. Ele esteve reunido com profissionais da secretaria do Estado da Fazenda, políticos e representantes da indústria catarinense, em busca de uma solução.

O presidente do SindArroz-SC, em entrevista à Rádio Araranguá, disse que ficou surpreso no ano passado ao receber um e-mail, solicitando o recolhimento de 5% de imposto sobre o valor faturado pelas indústrias, o que não ocorre hoje na prática. “O produtor colhe o arroz, encaminha à indústria, ela compra e o produtor não paga o ICMS. Deveria descontar do produtor esse 5%”.

Referência em Santa Catarina

Durante a entrevista, Walmir ressaltou a importância do setor para Santa Catarina e, consequentemente, a contribuição para o crescimento da arrecadação do Estado. “Somente o SindArroz-SC tem 25 empresas associadas, gerando 3,3 mil empregos diretos. A produção da indústria catarinense gira em torno de 100 mil toneladas de arroz. Essas industrias faturam mensalmente cerca de R$ 210 milhões e temos mais de 7 mil produtores rurais que dependem também de todo este sistema”.

Negociação

O presidente ainda ressalta que a cobrança vai acabar impactando na cesta básica e por isso vem articulando para que não aconteça. “Chegamos a um acordo, que dentro de 60 dias, levantaremos novos dados e discutiremos uma solução para o produtor, indústria, consumidor e o Estado. Durante este período o imposto não será pago”.

Confira a entrevista completa: