
Reunião em Brasília deixou clara a dificuldade para resolver o gargalo no Morro dos Cavalos, Republicanos reage a “Fogo amigo de dentro da prefeitura” e novo secretário adjunto de governo estreia sob pressão
A reunião da tarde desta quarta-feira, 23, entre o ministro dos Transportes, Renan Filho e o fórum catarinense, além do presidente da bancada do Sul, Tiago Zilli e o presidente da ALESC, Julio Garcia teve o pior resultado possível. Na mesa, a dura realidade de que não existe projeto para o Morro dos Cavalos, apenas uma sugestão da construção de um túnel, ainda no projeto de duplicação da BR-101. A sugestão do governador Jorginho Mello, de uma variante, que, em tese sairia mais barato e de rápida execução, também não tem projeto, se trata apenas de uma ideia, que deverá ser estudada.
Estaca zero
Assim, a reunião em Brasília concluiu que qualquer obra a ser realizada para resolver a situação no Morro dos Cavalos, vai sair da estaca zero, começando por passar pelo crivo do TCU. Depois de admitida a necessidade da obra, a definição do projeto, sua elaboração, e somente depois a busca de recursos, para a inclusão no orçamento da União.
Encaminhamento
A partir do resultado da reunião, tanto o fórum catarinense em Brasília, quanto os deputados na ALESC deverão manter a mobilização. O encaminhamento é que se busque acelerar os passos necessários para que haja uma solução, quanto mais rápido possível. Mas ao avaliar o quadro em tela, se observa que não será uma tarefa fácil, nem haverá uma situação com a rapidez que a situação requer.
Fato
De tudo o que foi discutido em Brasília é fato de que a proposta do governador Jorginho Mello é a mais viável, tanto em relação a economicidade, quanto em tempo para a realização. Mesmo assim, nada que se resolva em médio prazo.
Fechado
Cidadãos que procuraram o Bom Pastor nesta quarta-feira, 23, para busca medicamentos, foram surpreendidos com o setor fechado. Mesmo com o horário de funcionamento sendo até as 16h, o setor foi fechado às 15h. Ante a situação, ouvintes relataram aqui na Rádio Araranguá, que houve protesto e como não foram atendidos, a polícia foi chamada, quando a partir daí o atendimento foi retomado. Mesmo em férias, a secretária de Saúde Diane Biff, respondeu minha mensagem a respeito da situação. Disse que os ouvintes têm razão e que não havia motivos para fechar o setor uma hora antes do horário normal. A secretária informou que quem está respondendo pela secretaria no momento é o doutor Henrique Besser, mas que já determinou que os responsáveis sejam identificados e punidos.
Traição, fogo amigo
O vereador Carlos da Funerária do partido Republicanos, subiu à tribuna da Câmara de Vereadores de Araranguá na noite desta quarta-feira, 23, para desabafar. Disse que nos últimos dias recebeu telefonemas e mensagens, dando conta de que toda a chapa do partido, ele Carlos, Juliandro Jaques e Jorge Giraldi iriam perder suas cadeiras na casa. Havia contra o partido uma denúncia de que não haviam sido cumpridos a cota de mulheres, sendo que uma candidata teria feito uma votação irrisória. O vereador anunciou que o Ministério Público não acatou a denúncia por falta de provas.
Continua
Carlos afirmou que: “Vamos continuar nosso trabalho aqui na casa, mas já sabemos que houve fogo amigo, que houve ajuda financeira de dentro da coligação que elegeu Cesar e Tano”. Sem citar nomes, disse apenas ter informações a respeito.
Sem sapato
O vereador Juliandro Jacques, também foi à tribuna para dizer que “Ninguém está brincando aqui, estamos trabalhando sério em nossos mandatos”. O vereador tirou um sapato dos pés, e com ele nas mãos afirmou que: “Nós gastamos muita sola de sapato para estar onde estamos, é preciso respeitar o trabalho que foi feito, porque não foi de graça a nossa eleição, foi trabalho e agora alguns que andaram de chinelo havaianas, queriam nossos mandatos, precisam é trabalhar”.
Fofoca
Já o vereador Jorge Giraldi afirmou ter ouvido numa roda no pátio da prefeitura, fofocas a respeito. Disse inclusive que já estava em discussão, quem assumiria, nas vagas dos vereadores do Republicanos. O vereador alertou o prefeito Cesar, “Sugiro ao prefeito que ande pelos corredores da prefeitura e observe as fofocas que saem todos os dias. Se preciso, que faça como Cristo que usou um relho, e faça essa gente trabalhar”.
Posição
Já o presidente da Câmara de Vereadores de Araranguá, Pedro Paulo de Souza, disse que não deixará passar em branco a situação. Lembrou que a atitude do fogo amigo, também foi direcionada a ele e a sua presidência na medida em que dois vereadores do partido Republicanos, Juliandro Jacques que é seu vice e Carlos da funerária que é seu secretário, o que atinge a mesa diretora da casa. “Vou exigir do prefeito que aponte a sala de onde saiu essa atitude e quem estiver dentro dela, seja quem for, seja mandado para casa. Não vou admitir tal atitude contra esse poder constituído”. Paulinho continuou ao afirmar que “Sou o presidente dessa casa, legitimamente eleito, represento todos os vereadores e vou mostrar a força e o peso que essa casa tem”. Anuncio a todo uma decisão dessa presidência. Enquanto não for apontado quem foi responsável pela ação contra o Republicanos, pelo que se sabe foi de dentro da prefeitura, nenhuma matéria vinda do executivo será votada nessa casa”.
Estreia
Tudo aconteceu exatamente na noite em que o novo secretário adjunto de governo, Luciano Pires foi recebido na câmara para uma volta de apresentação. Certamente, já de início, ele terá muito trabalho para apagar o incêndio que começou ontem. Luciano fez sua estreia já sob a pressão de intermediar uma solução para a situação.
Ratos no porão
Na verdade, o prefeito não é policial, mas pode abrir uma sindicância, ou coisa do gênero, para apurar responsabilidades. Mas fato é que sempre existirão ratos no porão, não por vontade do comandante, mas porque sempre existiram. Por mais que se tenha cuidado e que se espalhe veneno para matar, tais ratos, continuam lá. Assim, penalizar o comandante do navio, pode ser uma medida um tanto amarga demais. Cobrar que se apure as responsabilidades, sim, afinal de contas, com o tempo, as máscaras sempre acabam caindo e rostos ainda desconhecidos acabam aparecendo.