Equipe da Assistência Social retorna de Seminário Estadual com novas projeções para abordagem de pessoas em situação de rua
Após participação no Seminário Estadual sobre Pessoas em Situação de Rua, a equipe da Secretaria de Assistência Social de Araranguá retorna à cidade com novas ideias e estratégias para lidar com essa questão complexa. Em entrevista exclusiva à Rádio Araranguá, no programa Estúdio 95, a secretária de Assistência Social, Dione Cesa, a coordenadora do CREAS, Michele Vitor Daufenbach, e Sabrina Mattos, do Ambulatório de Álcool e Outras Drogas, compartilharam os aprendizados adquiridos durante o evento.
“Estamos nos organizando há algum tempo no que diz respeito as pessoas em situação de rua. O município realiza encontros semanalmente para tratar do assunto. Com isso, fomos até o seminário, o qual propôs a implantação de uma política municipal que aborde o assunto e tenha um comitê intersetorial com todas as representações de rede da cidade. Dentro desse comitê, posteriormente, realizar um plano das ações e estratégias que vamos aplicar em Araranguá”, destacou Michele Vitor.
Durante o seminário, diversas diretorias do estado se apresentaram, e as falas do movimento de rua foram ouvidas atentamente. “Percebemos que muitos municípios se encontram bem perdidos. Querem dispensar o cidadão em situação de rua e sabemos que não é por aí. Todos merecem dignidade”, ressaltou Dione.
“Nossa ação na cidade foi realizada pautada em nossa realidade. Cada município tem a sua. Não adianta a gente fingir que não existe, porque existe e muitas pessoas nessa situação. Após os seminários, percebemos que estamos no caminho certo. Não se trata apenas de um problema de saúde pública, mas de todos. Existem muitas formas de ajudar essas pessoas, e atrás dessas formas estamos buscando. Estamos tratando as pessoas que aceitaram a ajuda para o tratamento contra as drogas. Muitas evadiram, mas outras continuam conosco lutando contra os vícios”, explicou Sabrina.
“É uma situação complexa, pois muitas pessoas optam por viver nas ruas e, se saírem de Araranguá, irão para outra cidade, perpetuando o problema. Portanto, é essencial contar com pessoas capacitadas para lidar com essa questão de forma eficaz. O primeiro passo na abordagem a essas pessoas é ouvir. Muitos querem ser ouvidos. Após isso, encaminhar ao CREAS, que detém toda a capacidade de ajudar esse cidadão. Não é fácil tirar essas pessoas da rua, mas é possível. Precisamos trabalhar forte nisso”, acrescentou Sabrina.
A equipe ressaltou que, embora o seminário tenha sido rico em discussões e aprendizados, a falta de recursos financeiros é um desafio enfrentado por muitos municípios. No entanto, o comprometimento em encontrar soluções e proporcionar dignidade a todas as pessoas continua sendo a principal motivação.
