Política Jair Anastácio explica motivos para sair de grupo político

Jair Anastácio explica motivos para sair de grupo político

24/11/2022 - 09h18

A eleição para a presidência da Câmara de Vereadores de Araranguá tem acirrado os ânimos entre os vereadores. Especialmente pelo fato de o vereador Jair Anastácio, atual presidente, ter participado de um grupo político que tinha um acordo para manter a presidência pelos quatro anos de mandato. O vereador afirmou hoje, em entrevista a Saulo Machado na Rádio Araranguá, que saiu do grupo há seis meses e reclamou que a rejeição de dois projetos de resolução teriam sido retaliação a sua posição.

O vereador foi questionado sobre o fato de se afastar de um grupo de vereadores que elegeu no primeiro ano de mandato o vereador Diego Pires para presidente, que renunciou para que Anastácio fosse o presidente em 2022. “Eu sei que eu estou sendo acusado disso, mas é outra coisa que eu tenho muita tranquilidade em falar. Aliás entendo claramente que esses ataques que eu venho recebendo na Câmara de Vereadores, são exatamente por conta disto, desta decisão que eu tomei 6 meses atrás, de sair de um grupo político”, disse o vereador.

O vereador reconheceu o acordo de divisão da presidência, porém negou ter assinado qualquer documento neste sentido. “Eu não assinei nada.  Quando eu tomei a decisão de sair do grupo foi quando eu fiquei sabendo que já existia uma chapa registrada inclusive sem o meu conhecimento”, falou Anastácio, que ainda completou afirmando que não disse que não votaria no vereador Luciano Pires na eleição que acontecerá em dezembro. “O fato de eu sair do grupo não significaria que eu não votaria no Luciano para ser presidente, hoje eu tenho as minhas dúvidas”, disse.

Sobre os motivos que o fizeram se afastar do grupo de 8 vereadores, Jair Anastácio falou sobre  discordância com a forma como alguns vereadores fazem política e também as questões partidárias. “Na eleição passada, nós estávamos na oposição do prefeito eleito. Logo que passou a eleição, o meu partido começou a discussão sobre apoiar o governo. No segundo ano, veio a decisão. Ora, se o meu partido, a quem eu devo fidelidade decidiu que fará parte do governo eu preciso estar alinhado com as politicas do governo, mesmo que eu não concorde com algumas coisas”, explicou.

O vereador ainda reclamou que nos bastidores tem sido chamado de velhaco, traidor entre outros adjetivos. “Jamais vou admitir ser chamado de traidor por que acho que eu seria traidor se eu tivesse tomado essa decisão nas vésperas da eleição para a Câmara. E eu não fiz isso, tomei essa decisão 6 meses antes. E outra coisa, quando eu tomei essa decisão, o grupo já tinha um outro membro, ou seja, o grupo já era a maioria. O grupo dos 8 continuou o grupo dos 8”, disse o vereador.