“Não é justo que o araranguaense pague por uma obra que está em uma SC”, diz procurador sobre os trabalhos na quarta ponte 

A administração municipal de Araranguá protocolou ao governo do Estado, um ofício referente a obra da quarta ponte, pedindo providências, para que uma decisão seja tomada. Para o poder executivo municipal, só existe dois caminhos, o aporte do governo estadual no convênio com os orçamentos já levantados pela prefeitura ou então, assumir a obra.

Em entrevista à Rádio Araranguá, no programa Dia a Dia, apresentado por Lucas Casagrande, o procurador do município, Daniel Menezes, falou sobre a obra da quarta ponte. “Desde que começaram os entraves em relação a essa obra, a prefeitura vem trabalhado muito. Essa é uma preocupação do prefeito. Eu já estive com o prefeito em Florianópolis, mais de 10 vezes, em Tribunal de Contas, em secretaria de Infraestrutura, em governo do Estado e batendo em porta de gabinete de deputado para resolver a situação”.

Daniel ressalta que a parte do município em relação a obra está sendo feita. “A prefeitura já fez tudo que tinha que ser feito, na parte administrativa, reincidiu contrato com a empresa que não terminou a obra. O que precisamos hoje é licitar essa obra novamente e dar continuidade. Já temos os novos orçamentos para licitar a obra. Se lança o edital de licitação para continuar o convênio, mas precisa da autorização do Estado, porque é uma obra conveniada que tinha um valor e se for licitada será por outro valor totalmente diferente. Desde que houve a licitação se passou quase seis anos. Já protocolamos um ofício para o Estado, pedindo as providências, para que eles tomem uma decisão. Se vão aportar o dinheiro do convênio necessário com os orçamentos que a gente tem hoje, ou se vão assumir a obra. Estamos só esperando a definição, a bola está com eles”.

Para o procurador, o entendimento que a prefeitura tem é muito claro. “Não é justo que a população de Araranguá, sozinha, pague com os recursos do município, uma obra que não é da população. Para quem não sabe, essa obra é uma SC. Uma estrada do governo do Estado. Essa obra desde o início, deveria ter sido executada pelo Estado, nunca deveria ter sido iniciada pelo município. Entendemos que o Estado tem que fazer esse aporte ou assumir a obra. Para o Estado, R$ 20 milhões é troco, eles têm dinheiro suficiente, mas para o município é muito dinheiro. Esse projeto é de rodovia de Estado, não de município”. 

De acordo com Daniel, o apoio dos deputados é fundamental para o Estado tomar a decisão definitiva. “Precisamos que os deputados que possuem mais forças, consigam essa decisão do Estado, para que a gente de vez, venha licitar ou que eles licitem a obra e seja entregue. Se licitar e começar, acredito que no máximo um ano esteja executada”.